Funcionário número 1 lembra com orgulho o início dos trabalhos, no final da década de 1980

O ano era 1989. A antiga Estação Ferroviária da Estrada de Ferro Santa Catarina – EFSC, no Centro de Rio do Sul, era o endereço da Casa da Cultural. Com o objetivo de dar mais visibilidade às atividades culturais e artísticas na cidade, criou-se então a Fundação Cultural de Rio do Sul, instituída no dia 24 de agosto pela Lei 2.193/89.

Três anos depois, a partir de 1992, a Fundação Cultural passou a funcionar no prédio onde fica a sede atual, na rua Ruy Barbosa, no bairro Budag. Uma grande estrutura, com quase 5.000m², onde funcionava uma empresa produtora de café.

O professor de violão Orlando Pedrozo, hoje com 74 anos de idade, é o funcionário número 1 da Fundação Cultural de Rio do Sul.

“O saudoso Nodgi Pellizzetti era prefeito e meu aluno. Lembro do dia em que chegou e me falou: ‘vou comprar o prédio desativado da Indústria Gerais Ouro e fazer ali a Fundação Cultural’. Então, é motivo de orgulho saber que eu presenciei o plantio daquela sementinha que germinou e, que ainda hoje, é uma realidade”, ressalta Pedrozo.

A sede da Fundação Cultural é denominada Centro Cultural Prefeito Nodgi Eneas Pellizzetti, uma das maiores estruturas públicas municipais destinadas à cultura no estado de Santa Catarina.

“Contamos com uma ampla estrutura, que recebe investimentos e melhorias de forma constante. A proposta é garantir o conforto e a segurança aos visitantes, funcionários e, principalmente, aos centenas de alunos que passam por aqui todos os dias”, destaca o superintendente Cleber Roberto Paul.

O aumento das ações culturais e artísticas marca o aniversário de 36 anos da instituição em 24 de agosto de 2025. Em parceria com a Associação dos Pais, Professores e Amigos da Fundação Cultural – Asfuc, nos primeiros meses do ano foram ampliados a oferta de oficinas artísticas e o número de vagas nos cursos artísticos.

“Implantamos neste ano o projeto Cultura na Cidade, que celebra a diversidade cultural e valoriza os talentos locais, com intervenções artísticas em diferentes pontos da área central de Rio do Sul pelo menos uma vez ao mês”, observa Cleber.

Na sede da Fundação Cultural estão localizados o Arquivo Público Histórico Wera von Buettner Gemballa e a Biblioteca Pública Municipal Nereu Ramos, que juntos contam com uma grande quantidade de documentos e títulos disponíveis para leitura, pesquisa e empréstimo.

“Lá no prédio onde esta história começou funciona hoje o Museu Histórico de Rio do Sul. A estrutura, que serviu como estação de passageiros da Estrada de Ferro, e a gestão das atividades do museu também são responsabilidades da Fundação Cultural”, explica Catia Dagnoni, diretora do Departamento de Patrimônio Histórico e Museológico.

A Fundação Cultural é responsável ainda pela realização de eventos importante na cena catarinense, como a Feira do Livro de Rio do Sul e o Festival da Canção Entre Rios. E é a instituição que gerencia o Sistema Municipal de Cultura, fortalecendo e garantindo a prática de ações e políticas culturais na cidade.

Destaque também para as Estações Culturais nos bairros Barra do Trombudo, Bela Aliança, Laranjeiras e Santa Rita. Um projeto premiado em Santa Catarina, por promover a descentralização da cultura de forma gratuita.