Deputado tem sido pedra no sapato do Governo Lula desde que assumiu o mandato

“Quem determina o que eu faço em Brasília não é quem usa gravata, mas quem tem calo nas mãos”. A frase forte, proferida repetidas vezes na capital federal, é do deputado Rafael Pezenti (MDB), de 37 anos, morador de Ituporanga. O parlamentar de primeiro mandato tem sido uma voz firme e constante a favor da agricultura desde que assumiu o mandato, em fevereiro de 2023.

Natural de Petrolândia, Pezenti cresceu no interior de Atalanta, trabalhando com a sua família nas lavouras de fumo e cebola. Foi assessor do deputado Rogério Peninha Mendonça e se candidatou pela primeira vez em 2022. Eleito com mais de 68 mil votos, é hoje membro titular da Comissão de Agricultura e diretor da Frente Parlamentar da Agropecuária, considerada a mais forte do Congresso Nacional.

O emedebista lidera a bancada em defesa da produção de tabaco e cebola, encabeçou movimento pela valorização dos produtores de leite e é reconhecido, em Brasília, pelas lutas a favor da agricultura familiar.

DIREITA

Pezenti tem se destacado na oposição ao governo Lula. É crítico da esquerda e vota contra propostas que visam aumentar a carga tributária no País: “Procuro fazer oposição consciente, cumprindo aquilo que na campanha eu defendi. Infelizmente alguns parlamentares se elegem com uma bandeira e acabam mudando o posicionamento quando têm o mandato nas mãos”, lamenta ele.

AUMENTO DE DEPUTADOS

O deputado catarinense é autor de um projeto que readequa o tamanho das bancadas na Câmara dos Deputados. De acordo com ele, o Censo do IBGE feito em 2022 mostrou que alguns estados têm déficit de representação, enquanto outros têm mais deputados que merecem.

Pela proposta, Santa Catarina e outros seis estados ganharão deputados nas próximas eleições. Em contrapartida, sete estados perderão representantes. O projeto mantém o número atual de deputados, atualmente fixado em 513, sem aumentar os custos.

“Com quatro deputados a mais, Santa Catarina terá, ao final de um mandato, meio bilhão de reais a mais em recursos. Isso se considerarmos só as emendas impositivas. Mas, mais importante que as emendas, é a força política que nosso estado ganhará. Outros estados, que perderam população nas últimas décadas, perderão representantes. É preciso fazer justiça, porque não há um recálculo de bancadas há mais de 30 anos”, sentencia Pezenti.

NÚMERO DE DEPUTADOS

De acordo com Pezenti, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos/PB), teria atuado nos bastidores para que o número total de deputados seja aumentado, de forma a não prejudicar estados que perderão parlamentares. Motta representa a Paraíba, que deverá perder dois assentos na Casa.

Pezenti é contra o aumento de deputados, e usa como principal argumento os custos que essa medida traria ao cidadão: “É preciso readequar as bancadas sem elevar o número total de congressistas. Se aumentarmos o número de deputados, aumentamos também os custos para mantê-los no Poder. O Brasil não precisa de mais deputados. Precisa de mais responsabilidade e respeito com quem paga essa conta”.

Assessoria de comunicação deputado Rafael Pezenti*